Sistemas para monitoramento de fluxo
Sistemas de monitoramento de fluxo ifm
Manter o fluxo de líquidos ou gases sob controle é vital em qualquer instalação industrial: paradas inesperadas ou a falta de água de refrigeração, lubrificante ou ar comprimido podem causar danos, desperdício de energia e custos elevados. Os sistemas de monitoramento de fluxo da ifm reúnem sensores e acessórios que detectam e medem vazão de forma confiável, permitindo reagir rapidamente a mudanças e garantir a continuidade do processo. Eles são compatíveis com uma ampla variedade de meios – de água e óleos a fluidos de corte, ar, gases industriais e substâncias corrosivas – e empregam princípios de medição distintos para atender a diferentes requisitos de aplicação.
Por que monitorar o fluxo?
Em sistemas de refrigeração e lubrificação de máquinas-ferramenta, o fornecimento regular de fluido garante dissipação de calor e redução de atrito. Em processos de ventilação ou de transporte pneumático, o ar ou o gás precisam fluir na vazão correta para manter a qualidade do produto e a segurança. Uma interrupção repentina de fluxo pode resultar em falhas mecânicas, sobreaquecimento, perda de qualidade ou até acidentes. Ao integrar sensores de fluxo, é possível acionar alarmes, desligar bombas, regular válvulas ou registrar dados de consumo em tempo real, promovendo manutenção preditiva e otimização energética.
Principais tecnologias de medição
A ifm oferece sensores de fluxo baseados em cinco princípios de funcionamento, cada um adequado a determinadas características do fluido e da aplicação:
- Magnético‑indutivo – Utiliza a lei de indução de Faraday: quando um líquido condutor passa por um campo magnético, gera uma tensão proporcional à velocidade e à vazão volumétrica. Eletrodos captam essa tensão e a eletrônica converte em valor de fluxo. Indicados para água potável, líquidos refrigerantes e óleos condutores, esses sensores possuem construção robusta, alto grau de proteção e não têm partes móveis, o que reduz a manutenção.
- Vortex – Um corpo de retenção instalado na tubulação cria pequenos redemoinhos (vórtices) proporcionais à velocidade do fluido. Um sensor piezoelétrico detecta a frequência desses vórtices, permitindo determinar a vazão independentemente de variações de pressão ou temperatura. Adequado para água e outros líquidos com ou sem condutividade.
- Mecatrônico – Baseado em um pistão apoiado por mola. O fluido empurra o pistão contra a mola; a posição do pistão é detectada magneticamente e convertida em sinal analógico. Quando o fluxo diminui, a mola retorna o pistão à posição inicial. Pode ser instalado em qualquer orientação e evita refluxo. Há versões para altas temperaturas que suportam fluidos quentes e condições industriais severas.
- Ultrassom – Dois transdutores enviam e recebem pulsos ultrassônicos em sentidos opostos dentro da tubulação. O tempo que o pulso leva para percorrer o meio depende da velocidade do fluido; a diferença de tempo entre os pulsos determina a vazão. Nos modelos ifm, os transdutores ficam fora do tubo de medição em uma carcaça de aço inoxidável, eliminando elementos intrusivos e perdas de pressão, além de simplificar a higienização.
- Calorimétrico (térmico) – Possui dois sensores de temperatura e uma fonte de calor. Um sensor mede a temperatura do meio e o outro é aquecido. A energia necessária para manter a diferença de temperatura entre eles é proporcional à velocidade do fluido. Esse princípio é utilizado em sensores para líquidos e em medidores de ar comprimido, fornecendo vazão em unidades padrão e compensando automaticamente a temperatura.
Além disso, a série SDP usa uma combinação de medição de fluxo e pressão para determinar a distância de uma peça em relação a um bocal de ar, permitindo detectar bloqueios ou posicionamentos incorretos.
Variedade de sensores e acessórios
A família de produtos inclui desde versões compactas com display integrado até módulos de avaliação separada, adaptados às exigências do processo:
- Sensores magnético‑indutivos (SM) para líquidos condutores com certificação de calibração ISO.
- Sensores Vortex (SV) com ou sem display para monitoramento de água e fluidos compatíveis.
- Sensores mecatrônicos (SB, SBT) com ou sem indicação digital; variantes em aço inox para áreas higiênicas e modelos para alta pressão.
- Sensores ultrassônicos (SU) que medem com precisão em líquidos limpos sem causar queda de pressão.
- Sensores térmicos (SA, SI, SD) para líquidos e ar comprimido, com versões que calculam consumo de energia e permitem auditorias de eficiência.
A linha é complementada por unidades de avaliação, adaptadores de processo, dispositivos portáteis para localização de vazamentos e sensores de ar de vão para detecção de peças ou obstruções.
Aplicações típicas
- Refrigeração de máquinas-ferramenta: monitoramento de água ou óleo refrigerante para evitar desgaste prematuro de ferramentas.
- Sistemas hidráulicos: detecção de fluxo mínimo em circuitos de lubrificação de bombas e motores.
- Tratamento de água e efluentes: controle de vazão em processos de filtragem e dosagem de produtos químicos.
- Indústria alimentícia e farmacêutica: medição higiênica de líquidos e CIP (Clean‑in‑Place) com sensores em aço inox e alta proteção.
- Ar comprimido e gases industriais: medidores térmicos com compensação de temperatura para controlar consumo e localizar fugas.
- Monitoramento de ar em automação: sensores calorimétricos e ultrassônicos em sistemas de transporte pneumático, embaladoras e resfriadores.
Os sistemas de monitoramento de fluxo da ifm combinam alta tecnologia de medição com robustez e fácil integração. Ao selecionar o princípio adequado (magnético‑indutivo, Vortex, mecatrônico, ultrassônico ou calorimétrico) e o sensor correto para cada fluido, as indústrias garantem um suprimento estável de líquidos e gases, previnem paradas inesperadas e ganham dados valiosos para otimizar processos e reduzir custos.